Medidas em Alfabetização: importância e dificuldades

No dia 12, na mesa “Medidas em Alfabetização: importância e dificuldades” estiveram presentes a coordenadora geral da Ação Educativa, Vera Masagão, David de Lima Simões (Inep/Daeb) e Gladys Rocha (UFMG).

David falou sobre a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) que, de acordo com ele, está no contexto do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, acordado entre o Governo Federal e os Estados. Assim, o Inep teria que estruturar uma avaliação nacional da alfabetização para ocorrer no final do ciclo da alfabetização.

Segundo David, a ANA tem como objetivos: aferir o nível de alfabetização; produzir fatores associados; e contribuir com intervenções, a partir de eixos de avaliação, como: infraestrutura das escolas; formação de professores; gestão escolar; organização do trabalho pedagógico; nível de alfabetização e letramento — teste português e matemática.

De acordo com David, para obter informações sobre os eixos haverá aplicação de questionários para os professores e que os resultados serão informados por escola, município e unidade federativa.

Em sua fala Vera Masagão criticou a ANA, defendendo a necessidade de um “belo estudo amostral”. “Tornou-se uma política pública, porém, particularmente, fui contra. Venceu. Vamos esperar que saia o máximo de informação relevante para nós”, afirma. No entanto, ressaltou importância de caminhos que estão serão adotados na avaliação como as condições de trabalho e as práticas pedagógicas nas escolas. “Assim, sim, são gerados dados interessantes dos quais a gente pode começar a pensar porque temos número de um lado e de outro. Apesar de que, infelizmente, o foco sempre pende para o teste, se está alfabetizado ou não”.

Ainda sobre a ótica da alfabetização, Vera apresentou o Inaf (Indicador Nacional de Analfabetismo Funcional), criado há 10 anos, pela Ação Educativa, em parceria com o Instituto Paulo Montenegro. A iniciativa parte de uma experiência de mensuração da alfabetização de jovens e adultos em contextos não escolares, seguindo tendências internacionais, de um conceito ampliado de alfabetização.

Desde 2001, o Inaf é baseado em entrevistas e testes cognitivos aplicados a amostras nacionais de 2.000 pessoas representativas dos brasileiros e das brasileiras entre 15 e 64 anos de idade, residentes em zonas urbanas e rurais em todas as regiões do país.

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